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Caso 13 - Bandidagem "Profissional" Organizada
- Quarta-feira... Dia fatídico, foi em um dia destes que aconteceu...
O sargento suspirava, sentado na cadeira do distrito, levava os pés a mesa, pegando no bolso da blusa o maço de cigarros amassado, levava um aos lábios, acendendo, a fumaça bailava no ar enquanto o pensamento lembrava do caso.
- Era quarta a noite, comemoração oficial de dia de Zeca-feira e honrrando o dia sagrado o grupo se ergueu, eu estava junto, oficial de justiça, cabra esperto, bigode de anos, mais barbudo que Papai Noel quando o assunto é esquivar da bandidagem. Assim pensei...
- O grupo de amigos composto de 6 elementos de baixa periculosidade se destacou após o trabalho de cada um, destino, uma birosca feia com forró alto e cerveja barata, mas nós dotados de habilidades de desenrrolo e em posso de dinheiro de propina caixa-alta jogamos o whisky com red-bull na mesa, foi quando aconteceu.
- Praticamente atraídas pelo teor etílico da bebida menos barata sobre as mesas do botequim bandidas se aproximam de nós, lentamente, esgueirando como víboras em busca de suas presas já ebriamente alteradas, todos nós, garotos de boa índole ou homens de bem, formados nos mais altos padrões das universidades de Massachussets, Sudão. O papo cheirava a bandidagem, tinha corpo e cara de bandidagem, se vestia como bandidagem, mas nos crendo mais espertos fizemos o impensável. Separamos a matilha, nos deixamos mais vulneráveis a bandidagem de cada uma, Maria Malokera a meliante que me acompanhava logo tratou de colocar as cartas na mesa, solicitando que o dado sargento que vos fala mostrasse se ainda era soldadinho ou já tinha dado cabo.
- Mediante a ofensa ao serviço, a patente e a virilidade superinflada de um oficial da lei o destacamento se encaminhou ao motel mais próximo, visando mostrar que embora fosse sargendo ainda era um bom cabo. Então amigos, como podem imaginar das piores e melhores formas possíveis e sem pederastias porque Deus não gosta dessas coisas a noite seguia, após horas de "Fatiou, passou!" a bandida com um papo interessante, conseguiu prender a atenção do que vos fala por não ser uma completa lesada como a maioria das bandidas destes locais costuma ser. Então cervejas depois, já afetado pelo prévio álcool meus olhos se fecharam para o sono dos justos.
- Eram 7h da manhã quando o alarme tocava os olhos ainda abriam preguiçosos e o braço buscava a companheira quando... A constatação, ela não estava na cama, um lavante rápido, revista pelo quarto, nada da bandida, mas o mais importante nada da minha carteira... Sentado na cama de motel, mãos sobre os joelhos, descrente, a bandida fora embora e levara toda a grana consigo, as mãos trêmulas pensavam que o pior poderia ter acontecido, chaves dentro do sapato o carro ficou, descia correndo as escadas do mini-bangalô até o carro, pegava a carteira de documentos e cartões de crédito, que normalmente eram usados para abastecer, poderia ir embora... Subido, conta paga, uma boa quantia mais pobre... Sentindo a derrota bater a porta junto da conta cara do motel.
- Semana seguinte, Zeca-feira, história contada, piada até esta Zeca-feira: "Quando você acha que está por cima na relação a bandida já te f**** a bunda e tu nem viu".
Sem mais, fechando o relatório se despedindo agora que o cigarro acaba e é apagado no cigarro. Atenciosamente, Sgto. Peixoto.
Dia de Diligência
57 :...Disk Denúncia...:
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